O Xadrez é essencialmente um jogo de erros e tal peculiaridade sempre me intrigou. Lógico que não refiro aos chamados erros técnicos (erros de cálculo por falta de conhecimento ou resultantes de stress, de consciência, ou devido à fatores diversos, etc), mas àqueles cuja explicação está longe de ser lógica. Tartakower disse : "vence a partida quem comete o penúltimo erro" e ainda: "se os erros não existissem teríamos que inventá-los"...Para alcançar a Maestria no jogo, há que trabalhar muito o lado humano. Karpov disse: "para ser um grande jogador é necessário antes ser uma grande pessoa"! Os grandes jogadores concordam que qualquer posição análoga, no meio-jogo por exemplo, existem pelo menos três jogadas teoricamente corretas. O que diferencia então, a preferência de um Mestre por essa ou aquela jogada? Simplesmente por serem humanos! Os jogadores tem suas preferências baseados em intuições, disposições e motivações diversas, estado de humor, adversário, estilo, situação na tabela do torneio, tempo restante (os dois), etc! Isso é o XADREZ! Essa alternância de estilos é o que dá vida ao jogo, transformando-o em uma fonte inesgotável de recursos e ideias... .. A constante evolução da força de um enxadrista está ligada ao ímpeto de deixar a zona de conforto para trazer à luz dúvidas, questões e incertezas ...O XADREZ ensina a manter a calma quando você comete erros e, ao cometê-los, há que detectá-los e erradicá-los...
Que grande questionamento professor! Sendo o xadrez, lá no fim do túnel, um jogo de soma zero; são eles, os erros que SEMPRE acontecerão entre nós humanos, que de fato definem uma partida. Parabens pelo posto que inclusive, esta linkado no meu post a respeito dos gambitos nas aberturas. Abraço Márcio (M.gk)
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