6 de abr. de 2011

A FREQUÊNCIA DOS ERROS...


O Xadrez é essencialmente um  jogo de erros e tal peculiaridade  sempre me  intrigou. Lógico que não refiro aos chamados erros técnicos (erros de cálculo por falta de conhecimento ou resultantes de stress, de consciência, ou  devido à fatores diversos, etc), mas àqueles cuja explicação está longe de ser lógica. Tartakower disse : "vence a partida quem comete o penúltimo erro" e ainda: "se os erros não existissem teríamos que inventá-los"...Para alcançar a Maestria no jogo, há que trabalhar muito o lado humano.  Karpov disse: "para ser um grande jogador é necessário antes ser uma grande pessoa"! Os grandes jogadores concordam  que qualquer posição  análoga, no meio-jogo por exemplo, existem pelo menos três jogadas teoricamente corretas.  O que diferencia então,  a preferência  de um Mestre por essa ou aquela jogada?  Simplesmente por serem humanos!  Os jogadores tem suas preferências baseados em intuições, disposições e motivações diversas, estado de humor, adversário, estilo, situação na tabela do torneio, tempo restante (os dois), etc! Isso é o XADREZ!  Essa  alternância de estilos é o que dá vida ao jogo, transformando-o em uma fonte inesgotável de recursos e ideias... .. A constante evolução da força de um enxadrista está ligada ao ímpeto  de deixar a zona de conforto  para trazer à  luz  dúvidas,  questões  e  incertezas ...O XADREZ ensina a manter a calma quando você comete erros e, ao cometê-los,  há que detectá-los e erradicá-los...

Um comentário:

  1. Que grande questionamento professor! Sendo o xadrez, lá no fim do túnel, um jogo de soma zero; são eles, os erros que SEMPRE acontecerão entre nós humanos, que de fato definem uma partida. Parabens pelo posto que inclusive, esta linkado no meu post a respeito dos gambitos nas aberturas. Abraço Márcio (M.gk)

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