
Mas será que isso significa que existe um abismo intransponível entre o Mestre e o Capivara? Sim e Não!! A história registra poucos e efêmeros instantes em que o humilde Capivara, aquele anônimo amador alcançou a glória ao bater o Mestre. Essa possibilidade é remotíssima numa partida com controle de tempo maior ( duas horas) mas aumenta um pouco em partidas rápidas . A grande chance do Capivara obter um sorriso acontece em partidas de cinco minutos ("Blitz" ou "Relâmpago") e principalmente, nas exibições simultâneas. Todos nós já perdemos uma partida de 5 minutos para um insignificante (ao nosso ver) jogador que acreditamos piedosamente ser muito, mas muito pior que nós! As simultâneas são a grande oportunidade do Capivara jogar todas as fichas... Um Mestre enfrenta entre 30 e 50 (as vezes mais) tabuleiros numa sessão de quatro a cinco horas. A dificuldade de se concentrar e a tendência a menosprezar que emanam da desprivilegiada e pobre mente enxadrística do Capivara proporciona a grande chance de sua vida!!! Parece mentira mas até a "máquina" Capablanca perdeu em pouquíssimos lances numa exibição simultânea, é claro. A autora da proeza foi a senhorita Mary Bain em Hollywood... Eu mesmo venci o GM Gilberto Milos (??) numa simultânea em Goiânia quando ele bateu o record brasileiro...
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